01 setembro, 2011

Balzaquianas





A mulher de trinta anos é talvez o título mais conhecido de Honoré de Balzac. Foi este romance que originou o termo "balzaquiana" para designar mulheres mais maduras. Neste livro o autor penetra de maneira ampla e generosa na alma feminina, a ponto de merecer de sua amiga Zulma Carraud as seguintes linhas: "Você tem uma inteligência do coração das mulheres que nunca foi dada a nenhum outro homem... nunca um homem conseguiu entrar mais fundo na existência delas...". Balzac, em A mulher de trinta anos, foi um precursor do feminismo, ao mostrar Julie, a infeliz heroína, às voltas com problemas fundamentais da vida amorosa e sentimental das mulheres e com o fracasso do casamento.

Conforme apontaram os críticos Gabriel Hanotaux e Georges Vicaire, "Balzac prestou às mulheres um serviço imenso, que elas nunca lhe poderão agradecer suficientemente, pois duplicou para elas a idade do amor... Curou o amor do preconceito da mocidade".

Honoré de Balzac nasceu em Tours, França, em 1799 e morreu em Paris em 1850.





É tão absurdo dizer que um homem não pode amar 
a mesma mulher toda a vida, 
quanto dizer que um violinista 
precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.

*

É tão natural destruir o que não se pode possuir, 
negar o que não se compreende, 
insultar o que se inveja.

*

Quando todo o mundo é corcunda, 
o belo porte torna-se a monstruosidade.

*


Sentir, amar, sofrer, devotar-se, 

será sempre o texto da vida das mulheres.

*

Nas grandes crises, 
o coração parte-se ou endurece.

*

Da maciez de uma esponja molhada até à dureza de uma pedra-pomes, 
existem infinitas nuances. 
Eis o homem.

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