09 maio, 2012

Doeu na alma

Mas tudo na vida é escolha.
E aprendizado.
Cada um escreve a sua maneira
e tem alguém por aí que pode ser capítulo.
Ou introdução.
Depende do espaço que você dá
e como alguém vai escrever  
história em você.

Fernanda Melo

*

Diego chorou durante enterro de um integrante do AfroReggae
(Foto: Reprodução/TV Globo)


Hoje eu conheci o Diego Frazão...



O menino ficou conhecido ao tocar, chorando, um violino no enterro do também coordenador do AfroReggae Evandro João da Silva. Evandro foi morto em dezembro de 2009 no Centro do Rio, num caso que ganhou notoriedade por envolver dois PMs. 



Diego Frazão morreu aos 12 anos de idade no dia 01/04/2010 com Leucemia.

Tantas coisas passaram pela minha mente quando vi essa foto. A primeira foi de admiração, porque acho o violino um instrumento clássico, difícil de ser tocado. Tem que ter uma habilidade muito grande para tirar um som puro dele. A posição do violino no corpo, como pegar o arco, como manejar suas cordas...precisa-se de técnica como todo instrumento, mas o violino é mais sensível aos ouvidos por causa dos seus agudos. E ver um nas mãos do Diego me comoveu. Mas minha admiração maior foi saber o motivo das lágrimas. Dor, gratidão, saudade e sensibilidade de um menino que nem conhecia ainda o nome de todos os sentimentos que estavam apertando a garganta dele naquele momento. Meu coração se uniu ao dele.
Tantos rótulos, tantos (pre) conceitos, tantas e tantas receitas para agregar valores às crianças das comunidades, tantas fórmulas mirabolantes para não deixar as drogas entrarem nas vidas de nossas crianças, tanto medo, tanta repreensão ... aí, a música  foi lá e fez seu papel transformador.
Que bom foi conhecer o Diego hoje!




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