29 agosto, 2012

A arte de viver bem com nossas imperfeições



Nossas idiossincrasias são mais interessantes para as outras pessoas do que nossas mais gloriosas realizações pessoais.
     Você é uma ótima cozinheira, mas seu namorado apaixona-se perdidamente no dia em que você põe fogo na cozinha fazendo Crème brúlée. Você é um excelente advogado, mas seus filhos o adoram porque sabe fazer caretas. Você acaba de ser eleito presidente da empresa e seu melhor amigo diz: "Enganou todo mundo, hein?!".
     Tranquilize-se de uma vez por todas: o amor não é uma meritocracia.
     A história está cheia de incompetentes muito amados, tolos com características cativantes, ineptos que deliciam todos a sua volta com sua modesta presença. O segredo deles? Aceitar suas falhas com a mesma graça e humildade com que aceitam suas melhores qualidades.
     Há vantagens práticas em não ser perfeito. Cientistas estão descobrindo que o ato de meter os pés pelas mãos é uma força criativa da natureza, capaz de neutralizar o processo irreversível de degradação chamado entropia. Da mesma forma, nossas falhas, fraquezas e azares podem trabalhar a nosso favor, nos tornando mais resistentes, mais criativos e, em última análise, mais eficientes.
     Você não tem que ser perfeito para ser bem sucedido. Muitas vezes, o desejo de estar certo é um obstáculo para que as coisas melhorem, e a necessidade de controle aumenta a desordem e o caos.
     Perdoe-se. Logo você vai descobrir que a auto-aceitação e tolerância não são assim tão difíceis de alcançar.


Véronique Vienne

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