23 junho, 2012

A chave




Acredito que há chaves imaginárias para cada um de nós. E vez em sempre, elas se perdem ou nós a perdemos, vai saber. Quantas vezes achamos que aquela porta é a nossa e a abrimos, sem pensar, com ânsia do desconhecido… pra no final, por essa coisa que chamam de destino se-é-que-existe, nos pegar pelo braço e dizer ”ei, você errou de porta. Não é aqui.” Quantas vezes mesmo assim, mesmo sabendo que é errado, forçamos as janelas na tentativa de entrar e ali permanecer? É por isso que andamos tão perdidos. Não no sentido ‘caminho errado’, porque pra mim, todo caminho, seja ele qual for, é caminho. No entanto, nossas chaves se perderam de nós. E aí, como é que se acha? Me entendem? Eu descobri hoje. Assim que acordei. Eu vivo assim, você vive assim, procurando por algo que não sabe o que é. Hoje eu descobri. Eu tive um sonho. Eu as vi. Essa coisa que todos nós procuramos sem saber o que é, são elas: as malditas das chaves. Essas pequenas coisinhas malditas e maravilhosas. Que faz nos perder e nos encontrar.

Aghata Paredes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem gostou da Ideia